terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Deficientes protestam em Curitiba contra política do MEC

Ministério quer transformar escolas especiais em centros de atendimento.Entidades que representam deficientes consideram a medida um retrocesso.

Curitiba foi palco de uma manifestação de deficientes nesta segunda-feira (3), no dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O tema da passeata, que reuniu cerca de 700 pessoas, foi “Acessibilidade Universal Já!” e, no evento, a política de educação especial do Ministério da Educação (MEC) foi criticada.

A intenção do ministério é incluir os estudantes com deficiências nas escolas comuns e transformar as escolas especiais em centros de atendimento. “As escolas especiais não são contra a inclusão do deficiente na escola comum. Mas o MEC, em uma canetada, quer impedir que novas escolas especiais sejam criadas”, afirmou Rubens Leonart, 60, presidente da Federação das Instituições de Reabilitação do Estado do Paraná. Nesta sexta-feira (30), a Avenida Paulista, uma das principais vias de São Paulo, teve uma manifestação semelhante. De acordo com as entidades que representam pessoas com deficiência, a escola comum não tem condições de prover um bom ensino às crianças com surdez ou outras deficiências. Leonart é pai de um jovem de 29 anos que é surdo e passou por dificuldades na hora de colocar o filho na escola. “A rede pública não aceitava, a rede particular também não e havia duas escolas especiais que não tinham vagas. Então, vários pais se juntaram e decidiram criar uma escola”, conta. Segundo ele, a transformação das escolas especiais em centros de atendimento imporia grandes dificuldades à educação de crianças com deficiência. “O MEC precisa melhorar as condições das escolas públicas. Se o pai tiver a opção de colocar o filho em uma escola comum, não vai precisar colocar o filho em uma escola especial. Mas, por enquanto, as escolas não são acessíveis”, diz. “Isso que o MEC está fazendo é um retrocesso.”

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Concordo com o texto. O fim das escola de surdos é um retrocesso.Onde os futuros porfessores do LETRAS / LIBRAS irão ensinar, se vão acabar com escolas de surdos. Alunos ouvintes vão querer aprender LIBRAS para estudar com o professor surdo? ou o professor surdo vai voltar para oralização para ensinar ouvintes? O MEC está em mão dupla. Investe nos curso profissionalizante e retira o profissional da área?

5 de dezembro de 2007 às 21:41  

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