quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Brasil Bonito - Livros falados

Estudantes universitários e do Ensino Fundamental decidiram transformar o discurso em ação, e desenvolveram projetos para melhorar a comunicação dos deficientes visuais e auditivos com o mundo.
Os livros trazem um mundo para a imaginação. Mas, para quem é cego, essas portas são difíceis de abrir. Uma garotada de 12 e 13 anos enxergou uma maneira de ajudar. Eles gravaram, em duplas ou trios, livrinhos infantis e foram dar esses livros falados de presente para a biblioteca. Dava pra ver que agradou. E dava para ouvir a delicadeza do gesto. As crianças também leram em voz alta e cantaram todas juntas.
Do áudio para o visual. Para o cego, qualquer som é uma sinfonia de detalhes. Já para o surdo, a linguagem é um teatro de gestos e expressões. Uma conversa entre surdos é movimentada, com muitos gestos, tagarela, uma exuberância de comunicação. Como entrar nesse bate-papo tão animado?
Três universitários ajudaram a criar três joguinhos, e todos eles vão auxiliar no ensino da Linguagem brasileira de sinais (Libras). É para quem quiser. O “Localize-me” é para aprender a mostrar o caminho para quem é surdo. O “Par a par” ensina a linguagem dos sinais. E o “Face a face” explica que a mensagem, em parte, está na cara.
“O visual é o todo. Qualquer detalhe para o surdo, ele está atento a essas questões. Então, eu não posso nunca falar”, explica a professora Vitória Ferreira, do Instituto Nacional de Educação para Surdos.
Há 150 anos, o Instituto Nacional de Educação para de Surdos e, há 153 anos, o Instituto Benjamin Constant, para deficientes visuais, repetem uma lição fácil de entender. Não se trata tanto de ter audição ou de ter visão: o principal é o coração.

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