quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Muito além dos sentidos - Messias

Muito além dos sentidos
Uma lembrança sobre tecnologia : A Microsoft para surdos.
Lembro o primeiro menino surdo e a sua dificuldade sem tecnologia, E sem sonhos... Então foram surgindo metodologias com criatividades, que deixavam a cada momento se criar a tecnologia do desejo. Microsoft: que influência brilhante... é um programa necessário para quem é pobre e para quem é rico para toda a comunidade surda. A principal influência é a aprendizagem das línguas... Quando eu era menino, tinha dificuldades e momentos de lágrimas, Mas tinha semente no meu coração que insistia em brilhar A tecnologia realizou o meu desejo de mudança E permitiu muitas conquistas na minha vida. A realidade brilha e chora pelo caminho Mas, com ela, vai crescendo as conquistas e verdades Aprimorando a tecnologia com as mãos que falam e se desenvolvem estabelecendo os pilares da educação e a educação do coração. Caminhos são influências que nos mostram as razões para mudar. Procurei-te a minha vida inteira para então realizar o sonho A tecnologia com as mãos falam mais e faz mais fácil o sorrir. Ofereço carinho, amor e agradeço a influência dos que contribuem
para tornar mais afetiva a comunidade surda, Que aprendam com a tecnologia, se desenvolvam e cresçam para melhor, De forma brilhante, sem lágrimas e sem dor Sou pura paixão para a tecnologia que me ajuda a viver, a ser e crescer com o mundo Acredito que é possível avançar nas conquistas Abraçar os direitos, a sabedoria e os valores culturais dos surdos que tanto amamos. Messias Ramos Costa
O cenário brasileiro atual demonstra um movimento em direção à aceitação da inclusão social, onde todas as pessoas passam a dividir a cena, relacionando-se nos mesmos espaços sociais. Dentre um desses espaços, há a escola.
Desde 09 de janeiro de 2001, foi firmada a lei na qual a educação especial deverá ser realizada em uma das três formas: participação nas classes comuns, escola especial ou sala especial, esta última defendida por alguém que entende do assunto e é um exemplo de vida.
Messias Ramos Costa, 28 anos, de Brasília (DF), é uma pessoa com surdez. Não ouve e fala com dificuldade, mas isso não significa que ele não consiga se comunicar. Muito pelo contrário: Messias encontrou na Libras (Língua Brasileira de Sinais) um caminho para conseguir aprender e ensinar.
O prestativo rapaz não se contentou com a sua primeira formação, o magistério. Cursou a Pedagogia, fez pós-graduação em Língua de Sinais Brasileira e, atualmente, cursa sua segunda graduação: Licenciatura em Letras-Libras.
Hoje é diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS - filial do Distrito Federal e, no segundo semestre de 2007, foi o primeiro professor surdo contratado como professor de Libras, no departamento de Letras da Universidade de Brasília.
Mas para conquistar o reconhecimento da comunidade surda e ter a admiração dos ouvintes que o conhecem, Messias enfrentou muitos desafios, como por exemplo, a dificuldade de aprendizado e o preconceito que existe em relação às pessoas que não ouvem. A infância de Messias foi muito difícil devido à dificuldade em se relacionar com a família, amigos e professores.

Somente por meio do Programa Sua Escola a 2000 Por Hora, em parceria com a Microsoft foi que o rapaz pôde ver novos horizontes. Dentro do programa desenvolveu o projeto Copisurdos (Complementação Pedagógico Informatizada para Surdos) que tinha como objetivo melhorar o uso da tecnologia pelos alunos com necessidades especiais e motivá-los a aprender cada vez mais.
"O conhecimento que adquiri com o uso do computador é a coisa mais importante na minha vida. Antes faltava metodologia eficaz de ensino dirigida ao surdo. Eu participava das aulas preparadas para ouvintes e não conseguia compreender o que o professor ensinava "- conta Messias.
O dedicado rapaz acredita que é necessário haver maior respeito às diversas formas de linguagem e que a educação deve ser direcionada às necessidades de cada aprendiz. "As crianças surdas recebem conhecimento na comunicação que utiliza a língua de sinais, assim como as crianças ouvintes recebem por meio da palavra - explica.
Complementa ainda explicando o porquê da falta de sucesso brasileira na educação especial. "É necessária uma mudança profissional em relação ao professor. Sinto falta de metodologia especializada e os professores ainda não sabem como ensinar para surdos. É preciso mais prática em Libras e mais habilidade na preparação de metodologias".
O uso de Libras, para alunos com surdez promove maior desenvolvimento e representa grande possibilidade de conquista, pois favorece a aprendizagem daqueles que não podem contar com a palavra como recurso de comunicação.
A professora Sandra Patrícia de Faria sempre acreditou no potencial do rapaz. Ela conta que as dificuldades só serviram de desafios para Messias e que ele nunca se deixou abater. "Após três meses envolvido na comunidade surda, despontava naquele jovem, um outro ser, agora, falante de uma língua, a Libras, e com grande sede de aprender! Daí para diante, Messias só cresceu!".

Atualmente, Messias também colabora no Programa Sua Escola a 2000 Por Hora, resultado da parceria da Microsoft e o Instituto Ayrton Senna. O programa conta ainda com outras 56 parceiras em todo o Brasil e tem como desafio proporcionar interação significativa com os ouvintes, para que estes aprendam a conviver com as pessoas com necessidades especiais.
Messias, mesmo tendo passado por muitas situações difíceis, não perde a esperança e acredita que ainda há muito a mudar. "Hoje, acredito que todos são capazes de vencer independente de ter ou não uma deficiência. Não somos piores ou melhores, somos apenas diferentes. Espero que, no futuro, os direitos dos surdos sejam respeitados de verdade e que sejamos mais presentes na sociedade!"
Reportagem: Joana Mendes Fotos: Arquivo pessoal

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Livro Surdos - autores 13 surdos - Espanha

REPORTAJE
Los sordos se hacen escuchar
La regulación de la lengua de signos aliviará la vida de un millón de españoles
JUAN G. BEDOYA - Madrid - 27/12/2007


Sordos ¡y qué! " src="http://www.elpais.com/recorte/20071227elpepisoc_1/XLCO/Ies/20071227elpepisoc_1.jpg">
"Sordos ¡yhttp://www.elpais.com/fotografia/autores/proyecto/i/Sordos/i/elpdiasoc/20071227elpepisoc_1/Ies/ qué!". Hay muchas maneras de titular un libro escrito por 13 sordos -siete mujeres y seis hombres- que han triunfado y cuentan cómo sortearon el obstáculo de la discapacidad. Por ejemplo, No soy mudo. O, incluso, Te escribo desde el silencio. Los autores y su editora, Mercedes Pescador, pensaron en títulos así. Escogieron uno que suena a desafío, a enérgica reivindicación. Sordo ¡y qué! El orgullo sordo. Así querían aparecer ante los lectores: alzándose contra las discriminaciones sufridas, llamando a que se les escuche y subrayando la importancia de la ley que acaba de reconocer la Lengua de Signos como su idioma natural.
Todavía hay quien se refiere a los sordos como sordomudos. Clamoroso error. Los sordos hablan (signan) y se expresan con las manos, la cabeza, los brazos... Como un director de orquesta. Su idioma "es diferente, no inferior", proclama Pilar Lima, nacida en Valencia hace 29 años. Las barreras de comunicación le provocaban "desorden, desigualdad", pero, sobre todo, rabia. Un día, a los 17 años, se dijo: "Hasta aquí. Comienza la revolución por la normalización". Hoy es Técnico Superior en Integración Social y presume de tener "una lengua maravillosa con la que expresarse a gusto. "¡Soy sorda! Pero no soy menos que la gente oyente". Hay un millón de españoles como Pilar Lima.
La vida de un sordo no es fácil, tampoco para los triunfadores. Por ejemplo, Javier Soto, el mejor deportista sordo del siglo XX. Tiene 30 años, es licenciado en Ciencias del Deporte y ha ganado 200 medallas en olimpiadas y campeonatos nacionales e internacionales.
La sordera le ha hecho pasar momentos de vergüenza, por falta de apoyos oficiales. En una prueba de 400 metros, los jueces dieron salida falsa y Soto, que no podía oír el pistoletazo de aviso, estuvo corriendo, solo, casi 200 metros. "Los jueces salieron a toda velocidad detrás de mí para avisarme. Imagine, todo el mundo se reía". Sucedió en España. En Alemania no hubiera ocurrido, con los adelantos de la tecnología. Cuestión de dinero, que debe llegar con la legalización y desarrollo de la Lengua de Signos.
Nacido en Hondarribia (Guipúzcoa), Soto reside en Segovia y es sordo de nacimiento. No aprendió la lengua de signos hasta los 20 años. Fue "un descubrimiento". En 1997 fue proclamado Mejor Deportista Sordo del Siglo XX por la Federación de Deportes y el Comité Olímpico.
Celia Martínez (Cartagena, 33 años) es doctora cum laude en Ingeniería Agrónoma y trabaja en el Instituto Murciano de Investigación y Desarrollo Agrario. También es concejala en el Ayuntamiento de San Javier. Pero su vida de estudiante fue una carrera de obstáculos. "Casi ningún profesor aplacó mi miedo".
De pequeña, ir a comprar el pan o subir sola a un autobús eran "aventuras que asustaban". Pero alcanzó lo que se propuso. Y más: La lectura de su tesis doctoral fue el punto y aparte, "el momento en el que se reconoció mi esfuerzo después de diez años vinculada a la universidad en absoluto anonimato", presume. Hace un año la otorgaron el premio Mujer Murciana del Año, y el Ayuntamiento de San Javier le concedió el escudo de oro de la villa. Sobre sus "tentaciones políticas", reflexiona: "¿Quién mejor que un discapacitado para luchar por nuestros derechos?"
Raquel Puebla Arias (Valladolid, 26 años) se considera "el éxito de la perseverancia". Es licenciada en Farmacia y trabaja en la Consejería de Sanidad de la Comunidad de Madrid. "¡Sal a comerte el mundo!", fue la frase que se metió en la cabeza cuando abandonó el colegio y entró en la Universidad.
La ilusión de Raquel Puebla era ser periodista. Pero... "Es obvio que no podía aspirar a ser cantante de ópera, o traductora, ni telefonista. Muchas veces me pregunto cómo habría sido mi vida si no hubiese sido sorda. Es imposible saberlo, pero seguro que sería muy diferente. Aunque, al final, mejor imposible", concluye.
Para Lourdes Gómez (Barcelona, 1961) ser sorda "es sólo un detalle". Maestra especializada en Perturbaciones de la Audición y el Lenguaje y en Educación Infantil, a veces se gusta y a veces se disgusta. "Hay momentos en los que me comería a besos y momentos en los que directamente me enviaría a freír espárragos". Una vez la preguntaron: "Si volvieras a nacer ¿te gustaría ser sorda?" Dice ahora: "Si volviera a nacer no me importaría ser sorda, pero me pido la claridad, la perspectiva con la que ahora puedo contemplar mi forma de ser y mis circunstancias. Ser sorda es... sólo un detalle".

Un idioma proscrito
Existe desde este mes otro idioma oficial en España. Se llama la Lengua de Signos. Es el que usan las personas sordas para pensar y comunicarse. Durante siglos fue un idioma proscrito. Hoy tiene la protección del Estado, mediante la llamada Ley de la Lengua de Signos y de Medios de Apoyo a la Comunicación Oral de las Personas Sordas, con Discapacidad Auditiva y Sordociegas.
"La lengua de signos estaba mal vista; el sistema educativo no permitía su aprendizaje. Nuestro colectivo ha sido maniatado -y no lo digo en sentido figurado- a lo largo de su historia. Pero la sociedad, la misma que en el pasado nos escondía y se avergonzaba de nuestra lengua natural, ha cambiado", reconoce Luis J. Cañón, presidente de la Confederación Estatal de Personas Sordas
Sordo también, Cardón ha impulsado junto a la Fundación Alares y la editorial LoQueNoExiste el proyecto Sordo ¡y qué! para dar a conocer la Lengua de Signos. "Vuestra lucha por el reconocimiento nos espolea", dice la vicepresidenta del Gobierno, María Teresa Fernández de la Vega, en la emotiva presentación de las trece autobiografías.

Chacina deixa 7 mortos na zona norte de São Paulo

Sete pessoas foram assassinadas e duas sobreviveram, por volta das 2h30 desta madrugada, em mais uma chacina registrada na zona norte da capital, cujo comando de policiamento militar estava nas mãos do coronel José Hermínio Rodrigues, executado com 5 tiros na manhã de ontem. Segundo informações de policiais militares da 1ª Companhia do 43º Batalhão, a chacina desta madrugada ocorreu em um bar próximo ao km 83 da Rodovia Fernão Dias, região do Jaçanã. No local morreram seis homens e uma mulher, uma faxineira. Entre as demais vítimas que morreram no bar, há um lixeiro, um carroceiro, um cobrador, um funcionário de uma loja de calçados e um surdo-mudo. Outros dois baleados, entre eles um taxista, foram encaminhados ao pronto-socorro do Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, onde seguem internados.
Os tiros, de pistolas calibres 9mm e 380, foram disparados por três homens a pé. Havia dez pessoas em frente e dentro do bar. Somente o proprietário foi poupado pelos atiradores, que, depois de atingirem as nove pessoas, se afastaram do local, recarregaram as armas, voltaram e dispararam novamente.

Popstar japonesa anuncia que está surda

Cantora Ayumi Hamasaki perdeu a audição do ouvido esquerdo.Em comunicado aos fãs, artista prometeu continuar cantando.


A popstar Ayumi Hamasaki, uma das cantoras mais bem sucedidas do Japão, anunciou nesta segunda (7) que ficou surda do ouvido esquerdo, mas prometeu que vai dar continuidade à sua turnê pela Ásia, segundo o site da “BBC”. A artista de 29 anos escreveu em seu blog que o seu ouvido esquerdo “não funciona mais” e que o problema não pode ser resolvido com uma operação.A estrela tem um zumbido no ouvido que pode ter sido causado pela exposição constante ao som. Ayumi é a cantora japonesa mais promissora seu país. Sua carreira inclui 28 singles no topo das paradas e aproximadamente 50 milhões de discos vendidos. Ela ficou sabendo do problema, de acordo com seu site pessoal, quando fez uma consulta médica no ano passado. “Apesar disso, eu gostaria de continuar”, escreveu a estrela em um site mantido por fãs. “Vou continuar cantando até o limite do meu ouvido direito.” “Não vou parar, nem arrumar pretextos. Como profissional, gostaria de oferecer a melhor performance a todos.” Ayumi – que lançou seu nono álbum, “Guilty”, no dia 1º de janeiro - fará a estréia de sua segunda turnê pela Ásia em abril para comemorar 10 anos de carreira artística.