quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Gênia Tecnologia lança produto para deficiente auditivo

Por Bruno De Vizia

03 de setembro de 2008

O Decreto 6.523, assinado pelo presidente Lula em julho de 2008, que regulamenta normas gerais do serviço de atendimento ao consumidor, registra que o acesso das pessoas com deficiência auditiva ou de fala será garantido pelos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) em caráter preferencial. Ele abre o mercado para tecnologias voltadas aos usuários com deficiência, como o SIAS (Solução Integrada de Atendimento ao Surdo), da Gênia Tecnologia. O produto permite que empresas e órgãos públicos façam o atendimento ao surdo através de comunicação por texto originado de um celular, ou da internet (web chat) ou de telefone de texto para surdos – TTS.

O usuário com deficiência auditiva digita o texto e o atendente no Contact Center também responde por texto, sempre em tempo real, integrando o recebimento da comunicação por texto originado das três tecnologias utilizadas pelas pessoas surdas - celular, internet e TTS. “O deficiente auditivo não usa o telefone para surdo, ele usa celular, internet, e quer usar vídeo. Após pesquisar este tema, desenvolvemos um produto para Centrais de Atendimento”, disse Carlos Paiva, do departamento de vendas da Gênia. Ele explicou que o produto tuliza o software g-Com, o Gateway integrador e o treinamento para atendentes e supervisores. “O software g-Com está embarcado no gateway e não existe necessidade de instalação de software no cliente”, destacou.

Toda a comunicação realizada é gravada em log, e os históricos são mantidos para acesso e extração. No final do diálogo gera protocolo de atendimento e envia e-mail com dados do atendimento para a pessoa surda. Paiva conta que o produto começou a ser desenvolvido em novembro do ano passado, e contou com a ajuda de surdos no processo de finalização. “Estamos com o produto fechado, e já vendemos para a NEC, que vai implantar na Polícia Militar de Sorocaba”, afirmou o executivo, acrescentando que a empresa agora trabalha no desenvolvimento de um modelo que trabalhe também com SMS. “O produto atual trabalha com WAP, permitindo que seja estabelecido um chat para celular. E queremos ter um chat por vídeo, até 2009”, concluiu.

Bebês surdos devem aprender língua dos sinais nos primeiros meses de vida


Bebês surdos devem aprender língua dos sinais nos primeiros meses de vida

Pais têm de interagir com brincadeiras e usar linguagem para socialização.
Atividades buscam desenvolver habilidades visuais da criança.

Do G1, em São Paulo

Atividades com bebês surdos visam desenvolver habilidades visuais e ensinar linguagem dos sinais (Foto: Divulgação/ECS)

O maior desafio para quem trabalha com crianças surdas é acreditar nos bebês como diferentes e não como deficientes. É assim que pensa a fonoaudióloga escolar Sandra Refina Leite, que trabalha na Escola para Crianças Surdas (ECS) Rio Branco, em São Paulo. Para Sandra, a melhor maneira de potencializar a produtividade e o desenvolvimento dos bebês é ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) desde os primeiros dias de vida. A fonoaudióloga participa nesta sexta-feira (22), em São Paulo, de um encontro que vai discutir a educação para surdos.

“Desde o momento em que os pais descobrem a surdez do bebê é importante procurar um especialista para que, além da própria criança poder aprender a língua dos sinais, eles também possam aprendê-la. É fundamental que a criança desenvolva habilidades visuais para se sentir incluída socialmente e quanto mais cedo ela iniciar o processo de educação, melhor”, diz. “Todos os nossos esforços são para que a criança aprenda da maneira mais natural possível”.
A especialista afirma que os pais não costumam aceitar a surdez do bebê em um primeiro momento. “Nossa sociedade não está preparada para a diferença, e isso se reflete também no comportamento dos pais dos bebês, que demoram um pouco a se acostumar. Ainda assim, o resultado vale muito a pena”, afirma Sandra. A fonoaudióloga diz que em seis meses de atividades o bebê já começa a reconhecer os sinais, mesmo que de maneira ainda não estruturada.

Em casa, é fundamental que os pais se comuniquem com o bebê por meio da linguagem de sinais. Sandra reafirma ainda a importância de brincar com a criança e contar histórias. “Aos pais cabe a tarefa de apresentar o mundo à criança, nomear pessoas e coisas, para que ela entenda a complexidade do mundo, e interagir sempre”, diz.

Surdez

O teste que identifica a surdez do bebê pode ser feito ainda na maternidade. As causas da deficiência podem ser muitas, mas as mais evidentes, segundo Sandra, são casos de meningite, rubéola e toxoplasmose da mãe durante a gravidez.

No processo educacional proposto pela ECS, o bebê participa de atividades educacionais até os 3 anos, para se familiarizar com a linguagem de sinais. A partir dos 3 anos, a criança é encaminhada para o ensino formal em uma turma formada apenas por surdos. Depois do quinto ano do ensino fundamental, a orientação é que o aluno seja encaminhado a uma escola tradicional, acompanhado de um intérprete.

“Propomos que o aluno fique em uma escola especial porque em todos os outros momentos do dia ele conviverá com pessoas ouvintes, dentro da própria família. A idéia não é isolar o aluno, mas ensiná-lo a agir como uma pessoa diferente, mas participante quando for exposto a qualquer situação com ouvintes”, afirma.
No próximo sábado (23) acontece, em São Paulo, o Congresso Internacional “Bilingüismo - Educação para Surdos: Práticas e Perspectivas”. O objetivo do encontro, que reúne profissionais de vários países, é propor e discutir temas relacionados à educação de surdos.

Serviço

Escola para Crianças Surdas Rio Branco
Rodovia Raposo Tavares, 7.200 (quilômetro 24) - Cotia - SP
Tel: (11) 4613 8478
fonte:Gi-Globo - 22/08/2008

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

I CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA EM TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

I CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA EM TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

9 e 10 de outubro de 2008

Este evento haverá palestras, oficinas e exposição de trabalhos em forma de pôster.

O valor da inscrição varia conforme a data de inscrição.

Para entrar em contato com a comissão organizadora para obter mais informações, acesse o site http://www.congressotils.cce.ufsc.br/ ou envie um e-mail para congressotils@ead.ufsc.br.